Entrevistador:
- Cione, conte-me um pouco sobre
sua vinda para São Paulo. Quando você chegou, há quanto tempo você está aqui, fale-me
um pouquinho da sua família.
Entrevistada:
- Meu nome é
Cione, eu tenho três filhas. Quando eu vim para cá eu tinha somente duas, uma que
é a de onze anos, e a outra que é um bebê. Agora tenho mais uma, são três:
tenho uma de dezessete, uma de onze e uma de um ano e dois meses e também meu
esposo.
Viemos para cá porque lá na
minha terra é muito difícil conseguir um trabalho, então viemos para cá fazer
uma... Ter uma vida melhor, arrumar um trabalho, criar nossa filha, então hoje nós
temos um trabalho. Eu e meu esposo trabalhamos. Temos nossa filha que está
terminando o colégio. Viemos aqui no intuito de arrumar um serviço, uma vida
melhor, não é? E nós estamos lutando por uma vida melhor.
Trabalho aqui no escritório
de arquitetura sou copeira. Gosto do que faço, às vezes é difícil trabalhar
aqui, às vezes é difícil de vir pra cá, não é?! Aqui é muito corrido, não é como
lá no Norte que é cidade pequena, todo mundo conhece todo mundo, aqui não, aqui
o movimento de São Paulo é grande, é corrido, ônibus lotado, mas nós estamos
aqui. Eu e minha filha esse ano vamos
ver minha mãe, vou pro Norte, vou viajar, vou levar meu bebe para ela ver, e é
isso...
Entrevistador:
- Fale um pouco das suas
colegas de trabalho.
Entrevistada:
-Ah tá. Aqui no meu
trabalho existem muitas pessoas legais, mas também tem muita gente que é chata,
que são umas pirangueiras.
Tem a Silvia que trabalha comigo, ela é muito boa,
ela é uma pirangueira. Veio lá da terra, ela é baiana. Quando ela roda a baiana
também aqui, sai de perto viu, porque ela é uma baiana sangue nas veias, às
vezes nem eu suporto! Às vezes ela é uma treva também, mas nós brigamos, mas nos
entendemos, né Silvia?
Bastidores/ Silvia:
- É bem isso.
Entrevistador:
- Ok Cione, muito obrigada.
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