Minha relação com a
"escrita" sempre foi algo muito íntimo e pessoal.
Aprendi a ler e fazer meus
primeiros rabiscos com meu padrinho antes de ir para a escola e acho que isso
me fez dar um valor diferente para o que mais tarde se tornaria um hábito, um
refúgio.
Por ser mais introspectiva,
sempre usei a escrita para me comunicar comigo mesma muito mais do que para
interagir com as outras pessoas.
É difícil verbalizar. É
complicado "falar" algumas coisas.
Dependendo da situação e do
momento, prefiro mesmo ficar calada.
Mas aos poucos fui descobrindo
que para mim, era mais fácil colocar no papel minhas iras, angústias, saudades,
desilusões, alegrias...
Não. Eu não sei escrever, estou
aprendendo! Exige prática.
E não tenho praticado muito. Não
me tornei uma escritora, nem desejei ser...
O que sempre fiz, mesmo sem
saber, foi colocar minhas "falas mudas" nas coisas que escrevia.
O fato de gostar de ler, me ajudou
muito nesse processo de desabafos.
Mas acho difícil escrever. Acho
difícil começar a escrita! Como em uma confissão, fico tensa para escrever até
mesmo as coisas que sei que rasgarei em seguida.
Preocupações me bloqueiam, a
obrigação (ter que escrever) me trava e diante do computador, fico muito, muito
muda!
Escrever. E não digitar, traz uma
sensação de liberdade...
Por instinto, impulso e sem saber
usar direito as regras gramaticais, uso papel e caneta pra desfazer meus
conflitos e desenhar meus caminhos.
E a qual gênero isso pertence?
Eu não sei. Espero descobrir. Só
posso afirmar, usando palavras da aula da Professora Adriana S. Vieira, que:
"...a Literatura nos ajuda a viver..."
Noêmia
Bernardo de Figueiredo
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